5 de outubro de 2013

Ideias de Personagem: Mss. Black&Decker

Provavelmente uma das personagens mais malignas que eu já criei. E nem é por causa de algo que ela fez em campanha, mas sim como ela executava o seu trabalho (eu digo o profession mesmo).

Ela foi criada para um "campanha" de Ad&d que durou umas 2 sessões. Isso sempre acontece no meu grupo. One Shots são muito raros, mas campanhas que eram pra ser longas acabam em poucas sessões com muita frequência.


Marilyn Popikins trabalhava na casa de um importante general do exército de um reino em guerra. Ela se apresentou para uma vaga de governanta, e com ótimas recomendações. Uma elfa de cabelos escuros, e muito bem educada. 

Ficava na casa e não dormia, estava por lá o tempo todo. Ótima para parar a gritaria e bagunça a qualquer momento.
Era incrível com as crianças sempre a obedeciam e pareciam gostar muito mais dela do que dos próprios pais.
 
Na verdade Marilyn Popikins, era também conhecida no "sub-mundo", como Mss. Black&Decker, uma espiã, especialista em se infiltrar disfarçada em casas de família. Uma Mage/Fighter/Thief, que só precisava fazer seu trabalho com eficácia. Tarefa que não era difícil de executar. Nada que um "Charm person" bem dado nas pestes... digo..., crianças, não resolva. ;D


Esse também não era seu nome real, e nem sua aparência ao que tudo indica (ainda mais pelo Kit de Infiltrator que se somava as três classes). 

 Na primeira cena que viveu as coisas aconteceram mais ou menos assim:

Narrador: Você tá lá na casa esperando pra ver quando o General vai sair e tá um barulho de criança correndo, quebrando a casa, fazendo zona. De repente você escuta a mulher do General gritar o seu nome de um cômodo longe.


Eu: Vou até o cômodo e digo - Sim, senhora.

Narrador: Sua patroa diz - Marilyn, por favor dá um jeito nessas crianças!

Eu: - CRIANÇAS, parem de bagunça por favor. Vão para o quarto estudar.

Narrador: O barulho para, as crianças olham para você e dizem juntas 
- Simmm - e vão para o quarto. A sua patroa olha meio descrente de como as crianças nem titubeiam para obedecer e agradece, te dispensando.

Eu: Ok. Eu volto a observar o escritório para ver quando o General sai.

Então era mais ou menos assim. =P



Sem falar que a ficha dela é a melhor que eu já fiz, num dá nem metade de um A4:





30 de setembro de 2013

Ideias de Personagem: Pixel

O Pixel é um personagem que até teve uma vida mais longa, mas só por muita sorte.

Pixel era um humanoidezinho, um Pixie. Sua história era bastante bizarra:


Fazia parte de um grupo de aventureiros, melhor amigo de uma Druida que concordou em levá-lo para um mundo de aventuras. Com suas armas minúsculas que mais pareciam brinquedos, mas que possuíam magias muito traiçoeiras e poderosas, como as flechas de "sleep" usadas por suas raça para adormecer enxeridos que adentram as florestas.


Sua vida no grupo era muito empolgante. Entraram em cavernas cheias de monstros, armadilhas e tesouros. Enfrentaram os perigos das estradas com sabedoria e frequentaram tavernas! Ahhh as tavernas! Cheias de comidas deliciosas que ele nunca tinha provado antes e uma bebida amarga que o deixava muito feliz. Mas Pixel era inocente como uma criança e demorou muito para cair na real do veio a acontecer com seus companheiros.

Somente quando sua melhor amiga começou a agir de forma estranha percebeu que a armadilha já havia se fechado sob sua cabeça. Pixel foi capturado em uma jaula por criaturas que pareciam seus colegas, mas não eram.

O que de fato aconteceu é que um grupo de Dopplegangers ficou interessado na quantidade de ouro que esse grupo carregava. Usando uma de suas táticas mais comuns, foram substituindo um a um para que não fossem percebidos, e no fim, tomaram o grupo todo substituindo os indivíduos com um monstro de aparência semelhante.

Pixel era pequeno demais para ser substituido e apenas foi capturado.


Para se livrar da criaturinha incomoda, mas sem perder um tostão, Pixel foi vendido para um loja de itens mágicos. Lá fariam pó de invisibilidade de suas asas. 

Na primeira oportunidade que teve fugiu. Por sorte encontrou outras pessoas de bom coração que o adotaram, mais uma vez como o membro de um grupo de aventureiros.

Incorporado ao grupo como um druida (usando a sabedoria dos ensinamentos de sua finada amiga), Pixel acabou ganhando um item mágico muito curioso como pagamento de uma de suas "quests" bem cumpridas: Uma adaga do gafanhoto.

Essa adaga verde era do tamanho de uma espada para Pixel. Mas a primeira vez que a utilizou não conseguiu retirar do corpo do bandido que atacou. Uma vez que a adaga permaneça no corpo do alvo um enxame de gafanhotos começa a sair da abertura do corte, o que deixou ambos inimigo e Pixel tremendamente apavorados.


Infelizmente Pixel é outro desses personagens... que nunca mais teve uma aventura. 

E olha que merecia! Depois de ter sobrevivido dos ataques de Óleo Fervente do Paladino caído, ex-companheiro, que tentou matar seu próprio grupo.

Mas essa é uma outra história...

29 de setembro de 2013

Ficha de monstro: Lobo Temporal

Para tentar fechar o espantoso recorde de 5 posts em 1 ano, continuamos a jornada do blog com um post sobre Monstros alucinantes inventados por RPGistas desocupados. Espero que vocês estejam preparados para uma monstruosidade tão imensa, acendam a luz, chame alguém para segurar a sua mão, deixe o telefone por perto para chamar ajuda caso você tenha um treco no meio da leitura, pois aqui vai a ficha do terrível, maligno e apelativo... 

O Lobo Temporal

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Ilustração de Peter Lee Dolphein
Lobo Temporal
Florestas, montanhas e geleiras

Encontros 1d6 | covil 2d8
Prêmios covil 70%
XP 480
Movimento 14 metros
Moral 10

Força 14  
Constituição 14 
Sabedoria 10
Destreza 16 
Inteligência 12 
Carisma 8


COMBATE
CA 14
JP 16
DV 2 (28/40)
1 mordida +4 (2d4+2)

O lobo temporal é um canídeo grande, de pelagem amarelada e listras vermelho-escuro no dorso. Esta criatura parece distorcer o fluxo do tempo ao seu redor: a vegetação alterna entre verdejante e seca enquanto ele caminha pela floresta, troncos secos florescem, e até mesmo manchas de neve surgem em pleno verão sob seus pés.



HABILIDADES ESPECIAIS
- Fluir no Tempo: O Lobo Temporal age na iniciativa que lhe for mais adequada. Reposicionando-se na ordem de iniciativas a cada rodada. Em suma, o lobo temporal age depois de todas as declarações de ação da rodada, no momento mais conveniente para ele.
- Parar o Tempo: O Lobo Temporal pode utilizar a magia "Parar o Tempo" 1x dia. A duração em rodadas da magia vai depender do seu valor de PVs.
Baforada de Lentidão: semelhante à baforada do Lobo das Estepes (Winter Wolf), o Lobo Temporal tem uma baforada em cone, onde os alvos atingidos ficam como se afetados pela magia "Lentidão".
- Pee-Kaa-Boo:1x dia Ignora uma rodada de dano completa, porque ele simplesmente não estava lá.
- Enterrar o Osso: Existe uma chance de se todos os personagens que sobrarem no campo de batalha estiverem caídos, e houverem mais personagens do que monstros, o lobo enterrará as suas vítimas. Uma vítima enterrada por um Lobo Temporal, agora fica sobre efeito da magia "Aprisionamento", não morrerá se estiver inconsciente e não apodrecerá se estiver morto. O efeito da magia é quebrado se a vitima for desenterrada.


IMUNIDADES:
- Imune a magia “Ataque Certeiro”, pois pode escolher estar lá ou não.


UTILIDADES:
O sangue do lobo temporal é usado para criar poções de "Parar o Tempo".


ECOLOGIA:
Semelhante à um lobo comum, o Lobo Temporal é carnivoro e pode devorar suas vítimas ou enterrar para mais tarde.

Lobos temporais nascem de lobos comuns, durante grandes tempestades elétricas de origem mágica, que podem causar distúrbios no fluxo do tempo. No entanto, estas criaturas podem procriar entre si, e com outros lobos, sempre gerando novos lobos temporais.


SINERGIA:
- Lobo, Warg, Lich, Vistanis Zarovan (em Ravenloft)

14 de setembro de 2013

Ideias de Personagem: Rebecca J.

Começamos por um personagem que é tão amaldiçoado que quase começou 3 campanhas, só jogou mesmo 2, e somando todas as sessões, na verdade só foram 3.

A primeira versão foi montada para uma mesa, a segunda para um live e a terceira para tapar buraco numa campanha que já estava em andamento (e acabou no dia que eu entrei! há!).

Rebecca J. - Versão 1993

Rebecca era uma adolescente, moradora de alguma cidade dos EUA, nos idos de 1993. 
Fã de Bon Jovi e Guns N' Roses, só se vestia de preto e calçava All Star. Trabalhava num fliperama e morava com a avó. 

Na primeira cena em que participou, pegou um taco de basebol  pulou o balcão do fliperama, mas aí voltou e levou o pote de fichas (pra molecada não roubar nada), e foi ver porque havia uns caras cercando a vó dela na rua.

Descobriu então que aqueles caras eram sua matilha. Iria participar de um ritual de passagem no Caern local.

Ela tinha aquele perfil de maloqueiro-gente-boa. Botava banca de malvada mas era legal com todo mundo. O maior sonho era visitar o bar de motoqueiros que o andarilho do asfalto prometeu que iria lhe levar.

Ficou bêbada na primeira noite que ficou sozinha com a matilha e tentou enfiar a cabeça do Bisteca (roedor de ossos) dentro do espelho quando aprendeu a percorrer atalhos na umbra através deles.


Ela era uma Theurge Uktena hominídeo, o que não mudou nada para a próxima versão.


Rebecca Kaiwoá Jaroszynski - Versão 2013

Esse é um trecho do background que foi enviado para a diretoria do live. Ganhou o sobrenome de índio e de polaco. Uktena que mora em Curitiba... ficou assim:

"Rebecca se tornou a típica adolescente rebelde. Fala com todo mundo como se fosse amiga de qualquer um, se veste de preto e All Star, como se estivesse indo pra um show de rock todo dia.


Fez toda a escola da maloqueiragem padrão de Curitiba. Estudou no boqueirão. Fez o segundo grau no CEP. Aprendeu a tocar violão pra ficar de noite no largo se enchendo de tubão barato feito de caninha de garrafa de plástico e tubaina. Aprendeu a fumar cedo e pratica sempre a mendigagem de cigarro vagabundo com quem tiver mais perto. Fica na rua sempre além do que deve pra ter que voltar a pé pra casa pela canaleta da Marechal Floriano, com algum amigo trebado que a sua avó detesta.


Está sempre com algum fone de ouvido, camiseta de banda. Tem um dom natural pra coisas relacionadas a música."

Rebecca Jay - Versão 2723

A prisão feminina não é fácil, quando quem está trancado lá dentro tem super-poderes é pior ainda.

Rebecca tinha super-força, uma armadura que se ativava (tipo o Colossus, saca?), que quando ligada ficava com a aparência de uma pedra negra semi-transparente.

Foi presa quando jovem, passou anos num reformatório. Saiu, assaltou uma galera e foi presa de novo. Na prisão foi vitima de um acidente que a fez desenvolver super-poderes. Fugiu de novo e enfim foi parar na prisão de segurança máxima para mutantes.


Começou na cena de um refeitório, onde Helga, uma das chefas do presídio tentava apavorar uma novata dizendo que ou ela ia provocar a outra facção para começar uma briga ou ia ser morta. 

Rebecca que já era macaca-velha do lugar se ofereceu para começar a briga. Pegou uma bandeja, caminhou até a líder da outra facção e jogou a bandeja no colo da outra mulher. A partir daí o pau comeu!

Brigou que nem uma louca, deu com uma bandeja na cara de uma das guardas que tentava controlar a confusão. Roubou uma arma, atirou em outra policial. Levou tiro dos vigias em volta, se rendeu e foi se arrastando para longe da confusão.


No caminho encontrou a novata com cara de boazinha tentando se fingir de desmaiada no meio da confusão.

Usou a mão que estava segurando o abdômen para conter o sangramento do tiro, toda suja de sangue, para esfregar no rosto da novata dizendo:
"Tá fingindo de morta aí bonitinha?! Tó, coloca um pouco disso aqui pra parecer de verdade então." - Desdenhando do medo da outra e fazendo-a sentir nojo daquele sangue na cara.

A personagem da novata passou mal e ficou apavorada.
(Já a outra jogadora mesmo nunca mais voltou, acho que eu traumatizei a guria com essa cena. hahaha)



Então é assim, três momentos, da "mesma" personagem. Que não duraram muito, mas pra mim ficaram bem marcantes.

12 de setembro de 2013

Ideias de Personagem

Se tem uma coisa que dá nos nervos é montar personagem à toa. Sério, as vezes você se empenha tanto para pensar em algo legal, que se encaixe no cenário, se encaixe na expectativa do mestre e do grupo, faz até a parte mais difícil que é escolher um nome, mas daí, o jogo simplesmente não acontece. E você pega aquela ficha toda preenchida e guarda numa pasta, numa gaveta... Ela nunca mais vê a luz do Sol.

Mas isso não seria um problema se eu apenas rolasse numa tabela de criação de personagens aleatórios (eg. fluxovida) como eu fiz no último de Conan d20. O problema é que eu me empenho demais. E sim, isso é um problema. Pior ainda quando é na Terra.

Por exemplo, se a personagem é do tempo atual, no cenário da terra, a minha primeira atitude é achar um top-the-best-of de músicas que eu acho que um personagem daquele lugar, ano e "classe social" estaria ouvindo. 


Não é atual, mas ainda é na Terra? Não tem problema. Eu encontro o censo do ano daquela região e escolho um nome de verdade, e o lugar no mapa daquele lugar onde ela mora.


A segunda etapa é a mais divertida. Começar o personagem pelos defeitos.

As lista de defeitos me ajudam a definir uma personalidade muito melhor do que todas as vantagens. E nessa categoria eu tenho até um livro favorito: o livro do jogador do Hunter: The Reckoning.


Ok, não é atual e nem na Terra. Eu começo pelo mapa. Abro o mapa do cenário e escolho um lugar. Descubro o que tem lá e o personagem começa pela vida que ele tem.

Claro que às vezes eu já tenho um conceito de poderes, magias, classe, ou seja o que for que tem no cenário, mas isso só adianta o processo posterior a todas essas firulas que eu TENHO que fazer antes de montar a ficha propriamente dita.

Isso tudo acaba criando conceito de personagens que eu acho tão legais, que me dá uma dor no coração quando os coitados não chegam a jogar nem uma sessão.

Então, para ressuscitar o blog um pouco e dar uma vida para esses coitados, eu vou começar uma sessão de postagens sobre personagens. Um resumão de como eles são, uma pincelada básica nos poderes e habilidades, e, se ele já esteve na ativa, uma menção honrosa de um fato bacana que ele tenha feito.


Sendo assim, começamos pela Rebecca. Amanhã...